Problemas na Transmissão Automática do Jetta, Passat: O Corpo de Válvulas do Câmbio 09G
Ocorre em: carros equipados com a transmissão automática 09G ou TF60SN, são eles os Passat, Jetta, Golf, Mini Cooper, New Beetle, Bora.
A queixa: O carro só fica bom quando está frio. Ao esquentar, começam os trancos que vão piorando até a transmissão parar de vez. Entrada em emergência.
O vilão: O corpo de válvulas do 09G.
As soluções: Reparo do corpo de válvulas na Automatik.
Resumo: Defeitos no corpo de válvulas vitimizam todo o conjunto, inclusive solenoides. Sua simples substituição não resolve o problema. A solução viável é a usinagem de retrabalho de vários pontos do corpo de válvulas feita na Automatik.
A História.
De manhã cedo, na garagem, é aquela alegria…. seu Passatão lindo, alemão como ele só, brilha no meio dos outros carros “comuns”.
Além do Passat, o Jetta, o New Beetle, o Bora e até o Mini Cooper são equipados com a transmissão automática 09G.
Você dá partida e sai rodando macio com aquele fantástico câmbio automático de seis marchas, cumprimenta os vizinhos que olham invejosos esforçando-se para sorrir. Você vira a primeira esquina, pega a avenida dirige mais cinco minutos e de repente começa o tormento: na troca de segunda para terceira acontecem trancos desagradáveis sugerindo que alguma coisa debaixo do capô está errada. Você disfarça imaginando que é algo passageiro, uma sujeirinha, mas logo a casa cai… Os trancos se intensificam, o carro fica assustadoramente estranho e um preocupante calor sobe pelo colarinho apertando o nó da gravata.
A tensão prossegue até o escritório, você estaciona e dirige o pensamento para seu dia a dia, finge que foi só um pesadelo em vigília e durante o dia nem se lembra do que aconteceu.
Mais tarde, o sol está se pondo e o motor já esfriou, você só quer voltar para o conforto de seu lar. Vai buscar seu carro e se lembra da sensação desagradável no trânsito da manhã. Uma gota de suor escorre pela testa, você dá partida, sai rodando e… ZAZ! O problema desapareceu!! Triunfo!! Milagre!! Um respiro aliviado, era só “uma sujeirinha…”
Mas… milagre só existe no congresso nacional… logo depois o inferno está de volta e cada vez pior. Está na hora de levar o carro para a Automatik, o hospital do câmbio automático.
Esse defeito sombrio também se manifesta em outros carros que usam a mesma transmissão, o New Beetle, o Golf, o Jetta e o Mini Cooper da BMW.
O câmbio de seis marchas de seu carrão é fabricado pela empresa Japonesa Aisin, é um 09G também chamado de TF60SN. É uma transmissão do tipo tradicional, com conversor de torque e caixa satélite como a grande maioria das transmissões disponíveis no mercado.
Os defeitos
Os sintomas são consequência de um desgaste prematuro em uma peça que faz parte da transmissão automática e que se chama “corpo de válvulas”.
Ele fica velho antes do tempo devido a uma pequena falha cumulativa, ou seja, que piora com o uso. Os problemas começam aí, porém se terminam fazendo várias vítimas que incluem solenoides e outras peças, especialmente se você adia o conserto. Perceba que os solenoides são apenas vítimas dos problemas que se originam no corpo de válvulas, a simples substituição dos solenoides não resolve o problema.
A parte interna do corpo de válvulas nos lembra uma placa de circuito impresso de computador ou de aparelho de som, só que pelas trilhas por onde passam pulsos elétricos, passa o fluido da transmissão, é fascinante obra de engenharia!
Soluções
A solução dada pela concessionária é a substituição do corpo de válvulas, o que termina pesando de maneira formidável no bolso, além de não eliminar o problema, já que isto não garantirá que o mesmo filme rode novamente.
Aqui na Automatik executamos o retrabalho do corpo de válvulas e as atualizações dos conjuntos de válvulas e solenoides.
Atualmente já existem nada menos que treze atualizações em conjuntos de válvulas que precisam ser feitos impreterivelmente, além dos problemas recorrentes com os solenoides. São soluções de hardware que envolvem usinagem com ferramentas específicas, produzindo somente assim, resultados satisfatórios.
Para a correta execução dos reparos, investimos em máquinas e dispositivos específicos para fazer os retrabalhos e testes necessários, além de contarmos com todas as atualizações disponíveis. Elas envolvem válvulas de controle principal e secundário, válvulas amortecedoras, acumuladores onde temos constatado nítido desgaste físicos chegando a observar verdadeiros buracos de desgaste.
Mais problemas?
O agravante é que os trancos, que começam leves e vão aumentando gradativamente, parecem não incomodar uma grande parte dos usuários que infelizmente continua rodando até que a transmissão deixa de funcionar. A questão é que mesmo quando pequenos, estes trancos provocam sérios danos nas partes internas da transmissão afetando as embreagens, as homocinéticas, os coxins de motor.
Tem sido muito comum sermos obrigados a abrir o câmbio inteiro e não apenas o corpo de válvulas por conta do carro ter sido conduzido apesar dos trancos.
Quando isso acontece, é claro que não se pode esperar que o reparo seja uma pechincha.
a máquina de testes de solenoides é capaz de detectar comportamentos adversos mínimos nos solenoides.
O retrabalho de usinagem
O reparo na transmissão 09G exige usinagem das partes internas do corpo de válvulas, onde utilizamos ferramentas especificamente desenhadas para efetuar estes reparos.
Após o retrabalho, é feita a substituição dos solenoides e válvulas defeituosas pelos novos conjuntos atualizados.
O índice de problemas pós reparo, especialmente quando os proprietário nos trás o carro logo que os primeiros sintomas se manifestam é bastante baixo, dando-nos a confiança em dizer que este serviço trás ao menos por um bom tempo, tranquilidade de volta a grande maioria dos proprietários dos veículos equipados com a transmissão 09G.
cálibre para verificação da eficiência do retrabalho de usinagem devidamente acoplado a ferramenta verificadora.
É importante que fique bastante claro que a simples substituição dos solenoides não corrige o problema. A solução só começa a atingir um grau aceitável de eficiência quando é feito o retrabalho interno que envolve usinagem. Muitas pessoas acham que trocando o conjunto de solenoides irá solucionar o problema e isto está bem distante da realidade.
Os componentes que utilizamos são importados diretamente dos EUA e fazemos o recondicionamento. As peças que se desgastam prematuramente foram atualizadas de forma a prevenir o defeito.
Será que custa tão caro mesmo troca o óleo do câmbio automático? Já que ciência é sinônimo de objetividade, vamos começar com uma demonstração matemática simples:
O óleo do câmbio dura no mínimo 50 mil km, já o óleo do motor dura na melhor das hipóteses, 10 mil km. Vamos usar estes números e os respectivos custos para troca para esta verificação simples, na ponta do lápis:
Custo para trocar o óleo do motor: R$400,00 / 10.000km = R$0,04/quilômetro rodado. Custo para troca óleo do câmbio: R$2000,00 / 50.000km = R$0,04 / quilômetro rodado.
Como é fácil constatar, na pior das hipóteses o custo é o mesmo.
Considere então que a troca demanda uma máquina que custa em torno de R$50.000,00, dois funcionários e é feita em cerca de duas a três horas de trabalho, além do litro do óleo chegar a custar cerca de 10 vezes mais, o valor agregado termina sendo uma verdadeira pechincha.Então, antes de que as lágrimas escorram pelas suas faces, encare a matemática de frente como acabamos de demonstrar acima.
Tá, mas por que o óleo de câmbio custa "10 vezes mais caro"?
É uma questão de tecnologia requerida para atender as condições de trabalho. Na prática, o óleo de câmbio automático custa muito mais que o óleo comum de motor porque além de ser importado (não existe produção de óleo de câmbio automático de alto padrão no Brasil), possui uma constituição molecular altamente complexa que exige anos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Produzir um óleo que seja capaz de reproduzir o efeito "velcro" (como no caso do câmbio CVT) em peças metálicas através da organização do nível químico e molecular de sua fórmula requer um nível único de investimento por parte da indústria. Da mesma forma, suportar os níveis de pressão e temperatura de trabalho dentro de uma transmissão automática também demanda fluidos altamente técnicos. Lembre-se que o câmbio automático é uma máquina hidráulica e o óleo possui uma função ativa, bem mais complexa que o óleo de motor que apenas lubrifica. Outra questão diz respeito à durabilidade, já que o óleo de transmissão automática dura muito mais que qualquer outro, lembrando que os melhores óleos de motor precisam ser trocados a cada 10 mil km no máximo enquanto que 50 a 150 mil km é a expectativa média de vida do fluido ATF. Numa eventual quebra, um câmbio automático custa muito mais caro que um motor para consertar porque trata-se de um dispositivo muito mais complexo e sensível requerendo mão de obra especializada. O óleo é igualmente diferenciado, então quando tentamos diferenciar câmbio automático de uma retífica, por exemplo (o conserto mais complexo que pode ser feita em um motor), podemos fazer um paralelo entre uma cirurgia ortopédica e uma neurocirurgia cerebral. Tudo aqui é mais delicado, complexo e crítico. Então, não se assuste, embora o valor pago na hora da troca seja mais alto, ele se dilui nos quilômetros rodados e na sua segurança e de sua família. Mantenha o óleo da transmissão em perfeitas condições e você garantirá a longevidade de sua transmissão automática.
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