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Foto do escritorEquipe Automatik - Sivuca

Câmbio DSG, nasceu para desaparecer?

Atualizado: 27 de set. de 2019

Automatizados de segunda geração, conhecidos como DSG (Direct Shift Gearbox) ou Power Shift são a bola da vez ou estão com os dias contados?


Os problemas de lentidão na troca de marchas das primeiras transmissões automatizadas, que são explorados neste artigo, deixaram muita gente, especialmente os motoristas mais exigentes, um pouco decepcionados, para falarmos o mínimo. É claro que gente comum como eu e aquele cara que acaba de virar a esquina, sequer conseguem perceber a diferença entre uma coisa e outra, mas quem nasceu com o pé no acelerador não divide essa mesma opinião.


Diferenças

Compreensível, especialmente num meio tão heterogêneo como é o universo automotivo.

No câmbio automatizado convencional a mudança de marchas é feita quando o sistema alivia o acelerador, o garfinho vai lá e muda a marcha para voltar a acelerar novamente depois, até parece que estamos em um carro com câmbio manual e algum ser misterioso está lá dentro mudando as marchas para você. E é algo bem próximo disso mesmo que acontece, já que as mudanças são feitas a partir de um dispositivo externo ao câmbio.

Este tipo de transmissão tem uma vantagem importante que é seu custo mais baixo, já que partimos de um câmbio convencional.

No DSG, esse atraso foi eliminado através de do desenvolvimento de uma embreagem dupla, onde cada uma está ligada a sua própria árvore de engrenagens. São duas árvores paralelas, como se fossem dois câmbios dentro da mesma caixa. Então um "câmbio" controla as marchas ímpares e o outro controla as marchas pares. Quando um lado engata a primeira marcha e começa a acelerar, o outro aproveita para deixar a segunda engatada do outro lado. Quando chegar a hora da mudança, é só aplicar uma embreagem e aliviar a outra. Isso reduz drasticamente o tempo entre as mudanças, deixando-o praticamente imperceptível e permitindo uma direção bastante agradável.


Projeto exclusivo



É importante levar em consideração que a transmissão DSG foi inteiramente projetada desde o rascunho para ser automatizada, muito diferente dos automatizados de primeira geração que são uma adaptação robotizada a partir de uma caixa manual. É natural considerar que o desempenho de um projeto assim é muito superior, pois muito mais fatores são levados em conta no momento do desenho da transmissão. Neste caso, não temos garfinhos ou soluções na parte externa da transmissão, todo o sistema é completamente interno e mais eficiente, além de ter as vantagens de ser um câmbio menos custoso que uma transmissão automática convencional e de ser mais econômico, já que não há conversor de torque.

No aspecto prático, podemos dizer que a rapidez nas mudanças nos dá uma sensação bastante esportiva além do fato que normalmente estas transmissões possuem no mínimo seis marchas.

Desconforto

Embora seja uma embreagem dupla, muito mais sofisticada que uma embreagem normal, é uma embreagem automatizada e ainda apresenta um comportamento questionável nos movimentos suaves de manobras ou no anda e para do trânsito. Claro que muito melhor que num automatizado como o i-motion ou dualogic, mas bem piorzinho que numa transmissão automática convencional com conversor de torque, com sua suavidade típica.

Problemas

Além disso, apesar de ser uma ideia muito boa e contar com alto rendimento, ainda é bastante problemática, pois as embreagens são bem complexas e vem trazendo dores de cabeça a inúmeros usuários. O desgaste ainda é alto e o mercado brasileiro ainda não tem condições de fornecer opções paralelas, o que deixa o custo de manutenção nas estrelas. As embreagens são bem complexas no momento de sua calibração, pois as tolerâncias são mínimas. Uma embreagem DSG não custa menos de R$5.000,00 e existem veículos onde os números podem chegar aos vinte mil reais para a troca do conjunto. A situação é tão grave que há rumores que algumas montadoras estão tirando a transmissão de seus modelos. Isto está acontecendo com a Ford e alguns modelos da linha VW.

A esta altura dos acontecimentos, podemos dizer que não sabemos se as transmissões DSG são realmente um projeto que veio para ficar.

Não podemos nos esquecer que o usuário é a bancada de testes das montadoras, onde os projetos são colocados para que o dia a dia de um grande número de pessoas faça os testes que inviabilizariam a própria montadora. Claro que quem tira o dinheiro do bolso para fazer o teste somos nós e se um dia a montadora decide pela inviabilidade do projeto, ficamos com a batata quente nas mãos... hoje é assim, ontem era assim e sempre será exatamente do mesmo jeito. Ingênuo é o usuário que acha que cada brinquedo que compramos nas lojas está inteiramente testado, aprovado e a prova de falhas. Então se você quer tecnologia, status e inovação, esteja preparado para efetivamente servir de cobaia para as montadoras. 

Reparo

Claro que a Automatik está habilitada para reparar as transmissões DSG, tanto no aspecto de troca de embreagens, quanto nos reparos mais críticos como quebras e principalmente, lidar com a unidade mecatrônica, inclusive com Mapeamento Digital On-Line direto com as montadoras. Veja mais aqui, aqui e aqui também.






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1 comentário


NC750X MOTO
NC750X MOTO
18 de jun. de 2020

Apenas dividindo minha experiência, tenho um Fiat Punto 1.6 dualogic 2013, 77.700 km rodados, nunca deu problema, fiz uma avaliação e a embreagem ainda está em condições de uso, o sistema funciona muito bem, o recurso de arranque ao tirar o pé do pedal do freio ( função Creeping ) funciona muito bem, se fosse trocar a embreagem hoje 18 de junho 2020 gastaria 1.400 reais em curitiba em um oficina especializada. Como meu carro é 2013 e preciso pensar em renovar, fui fazer um test drive no GOLF DSG semi novo, ja que o modelo é muito caro, mesmo usado. Confesso que me decepcionei com o DSG, muito pior que o sistema mais antigo utilizado no Punto, o sistema…

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